Tudo está acontecendo muito rápido na vida da paulistana de 22 anos Maria Gadú. Em menos de cinco meses chegou ao Rio, fechou contrato com a Som Livre para o lançamento do disco de estréia e atraiu à sua temporada no Cinemathèque ninguém menos que Caetano Veloso e Milton Nascimento, além de uma penca de outros artistas, críticos musicais, cineastas, atrizes, descolados e músicos.
O público em geral compartilha o mesmo sentimento. Está diante de uma cantora e compositora de verdade, presenciando o nascimento de um novo talento, não conseguem compará-la a nada. Maria é diferente de tudo o que já viram.
Tocando em casas na Barra da Tijuca, Maria conheceu artistas da TV Globo. Daí surgiu o convite para fazer uma participação na minissérie Maysa, cantando. A passagem na TV foi pequena, mas a sua apresentação na festa de lançamento do programa rendeu o encontro com a Som Livre e o interesse da gravadora.
O carisma de Maria Gadú também é característica que serve ao seu próprio talento. Graças a ele conheceu seu produtor Rodrigo Vidal. Impressionado, Vidal se ofereceu para trabalhar com ela, virou amigo, e logo a apresentou a nomes como Dadi e Caneca - que participam do álbum de estréia.
Tudo está acontecendo na hora certa. O convite para participar do Som Brasil Paralamas do Sucesso e uma excelente matéria na Revista do Jornal O Globo mostram que o caminho está aberto.
Quando Gadú sobe ao palco, qualquer desavisado pode achar que ela faz parte de uma nova onda rock´n´roll, meio punk, meio indie. Ousada, ela parece mesmo que vai chegar na marra, cheia de atitude; mas basta abrir a boca, para a cantora mostrar suavidade em forma de MPB, com tudo muito próprio: letra, música e voz. Este contraste surpreende e seduz. Talvez isso explique um pouco Maria Gadú. Mas ninguém quer saber de entender. Melhor prestar atenção e deixar acontecer.
1 comentários:
Olá, gostei muito do seu trabalho parabéns!
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